A cegueira dos xiitas do meio ambiente

Existe um grupo que critica o projeto Zoopark da Montanha, sem jamais tê-lo conhecido, na verdade sem sequer ter interesse em conhecê-lo. Essas pessoas são, a priori, contra zoológicos, não diferenciando o modelo antigo que recolhia animais na natureza para expô-los somente para o deleite do publico e pelo lucro gerado, de um projeto moderno.

A nova proposta abriga animais em situação de risco, apreendidos pelo IBAMA e encaminhados para CETAS ( Centro de triagem de animais), aonde teriam um triste destino, em ambientes exíguos com custo para o governo ,sem nenhum retorno para a sociedade, apenas a espera da morte. O conceito moderno do Zoopark da Montanha pretende oferecer um ambiente saudável, contribuir para preservação de espécies ameaçadas e nesse processo expor os animais de uma forma que preserve sua segurança e a do publico visitante, que mais facilmente compreende a importância desses animais , conquistando novos adeptos à causa dos bichos.

É importante salientar que o Zoopark da Montanha é uma iniciativa integralmente privada, de pessoas cuja paixão pelos animais e o esforço em sua preservação precede em décadas o projeto de exibi-los. Pessoas que não demonstram seu amor pelos animais e a natureza apenas julgando a distancia, comodamente, sem jamais empreender qualquer esforço pessoal que custe investimento de seu tempo ou suas economias em um projeto concreto em defesa dos animais. Julgam-se no direto de criticar quem efetivamente trabalha em prol da preservação dos animais.

O legado de educação ambiental e conhecimento cientifico é parte intrínseca da abordagem contemporânea do Zoopark da Montanha. Pretendemos ajudar na busca por soluções de curto, médio e longo prazo dos problemas gerados para os animais pela explosão demográfica sem precedente. Expansão urbana, poluição ambiental e extinção de habitats ocorrem em progressão geométrica, enquanto os pseudo ecologistas de escritórios e sofás fazem discursos indignados e inúteis. O Zoopark pode não atingir todos seus objetivos, atrapalhado também por campanhas difamatórias de gente que eventualmente pensa que ajuda os animais.

Uma vida melhor para Café e Zagaia, as onças que foram apreendidas recentemente pelo IBAMA, sem condições de reintrodução na natureza, ou para Chiquinha, a macaca aranha que vive aproximadamente há 15 anos de forma legal com o Sr Romeu Nunes Vieira, fundador do Zoo, bem tratada e feliz é uma necessidade para agora. Discursos politicamente engajados e retrógrados não vão contribuir para sua sobrevivência .Quem sabe suas crias não habitarão santuários mais adequados, conforme modelos já existentes, especialmente na África? Projetos melhores dependem de condições melhores e o o Zoopark ajuda a criar essas condições. Salvar indivíduos para cuidar das espécies, produzindo conhecimento, gerando informação e empatia dos animais com o público leigo no processo é a nossa missão. Quem gostar dos bichos e da natureza, que nos acompanhe nessa viagem.

Angelita Demoner Zanotti
Bióloga - Responsável técnica do Zoopark da Montanha